Há sempre um momento na vida em que qualquer pessoa pára. Pára para pensar. Para reflectir no que fez, no que conquistou, no que propôs como um objectivo e definir se realmente o deseja. Se luta pelas razões certas. Esse momento deveria chegar mais cedo do que mais tarde, mas nem sempre isso acontece. Chega-se por vezes à conclusão que certas lutas são apenas desafios pessoais e nada mais que isso. Não há paixão, não há amor. Há um desejo cego de se chegar a um fim, não interessam os meios, nem se a felicidade entra na equação. Nessa luta atropela-se, deita-se abaixo, cega-se e fica-se cego. Deixa-se de pensar em quem ou no que está à volta. Esquece-se que o amor deve ser altruísta. Que quem gosta, gosta sem cobrar. Gosta acima de tudo de ver o outro feliz. O que nem sempre há é a capacidade de reconhecer que tal acontece, recolher as armas e ser feliz de uma outra forma qualquer. Para isso é preciso ter-se crescido, aprendido com os erros e uma certa pitada de humildade, só para completar a receita.
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