Vivendo neste aquário de rosas e pozinhos da Sininho, as crianças acabam por se transformar em estafermos insuportáveis, em Peter Pan amorais sem respeito por ninguém. Levantam a mão aos avós, mas os pais ficam sentados. E, depois, os pais que recusam educá-los querem que umas gotinhas resolvam a ausência de uma educação moral. Sim, moral. Eu sei que palavra moral deixa logo os pedagogos pós-moderninhos de mãos no ar, ai, ai, que não podemos confrontar as crianças com o mal, mas fiquem lá com as gotinhas que eu fico com o mal."
Alguém me leu os pensamentos
"Como é óbvio, existem crianças realmente hiperactivas (que o
Altíssimo dê amor e paciência aos pais), mas não me venham com
histórias: este aumento massivo de crianças hiperactivas não
resulta de uma epidemia repentina da doença mas da ausência de regras,
da incapacidade que milhares e milhares de pais revelam na hora de impor
uma educação moral aos filhos. Aliás, isto é o reflexo da sociedade que
criámos. Se um pai der uma palmada na mão de um filho num sítio público
(digamos, durante uma birra num café ou supermercado), as pessoas à
volta olham para o dito pai como se ele fosse um leproso. Neste
ambiente, é mais fácil dar umas gotinhas de medicamento do que dar uma
palmada, do que fazer cara feia, do que ralhar a sério, do que pôr de
castigo. Não se faz nada disto, não se diz não a uma criança, porque, ora essa, é feio, é do antigamente, é inconstitucional.
Vivendo neste aquário de rosas e pozinhos da Sininho, as crianças acabam por se transformar em estafermos insuportáveis, em Peter Pan amorais sem respeito por ninguém. Levantam a mão aos avós, mas os pais ficam sentados. E, depois, os pais que recusam educá-los querem que umas gotinhas resolvam a ausência de uma educação moral. Sim, moral. Eu sei que palavra moral deixa logo os pedagogos pós-moderninhos de mãos no ar, ai, ai, que não podemos confrontar as crianças com o mal, mas fiquem lá com as gotinhas que eu fico com o mal."
Vivendo neste aquário de rosas e pozinhos da Sininho, as crianças acabam por se transformar em estafermos insuportáveis, em Peter Pan amorais sem respeito por ninguém. Levantam a mão aos avós, mas os pais ficam sentados. E, depois, os pais que recusam educá-los querem que umas gotinhas resolvam a ausência de uma educação moral. Sim, moral. Eu sei que palavra moral deixa logo os pedagogos pós-moderninhos de mãos no ar, ai, ai, que não podemos confrontar as crianças com o mal, mas fiquem lá com as gotinhas que eu fico com o mal."
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