Branco

A cor branca é a junção de todas as cores. Assim, pode ser decomposta através de um prisma dando origem ao arco-irís.


Na cultura ocidental, psicolgicamente o branco é sinónimo de pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição.


Para mim branco é a cor das páginas do livro que eu me tinha esquecido na mesa de cabeceira. Escrevi tantos e tantos capítulos, deixei reticiências, contos a meio, exclamações por decifrar e interrogações por responder. Acho que cheguei a um ponto em que o queria esquecer. Agora que me esqueci dei por mim a perguntar que seria feito da caneta com a qual tantas alegrias tinha escrito e sem pensar em nada iniciei uma busca e encontrei-o! Folhas e folhas soltas, sem sentido, espalhadas pelo vento tinham ao longo do tempo escondido esse livro. Bastou abrir uma frincha da porta que andava bem fechada para fazer corrente de ar e pôr a descoberto só um canto da capa. E lembrei-me! Sou eu que o escrevo. Ainda tenho tantas folhas em branco por preencher e ando a perder tempo com folhas soltas, que se perdem, que se esquecem, que se rasgam tão mais facilmente. Páginas brancas não são mais do que uma enorme chance escrever uma boa história, capítulos novos, perguntas novas, exclamações de deixar qualquer um de olhos bem abertos, citações que arrancam uma boa gargalhada. Páginas brancas são nada mais que a promessa de um sorriso, a caneta essa pode ser de qualquer côr!

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