Cada um vê o que a imaginação lhe permite ver. Ou então não. Vê só aquilo que os olhos transmitem ao cérebro. Sem acrescentar ou retirar o que quer que seja. Eu sou adepta de deixar fluir o pensamento...sem nunca tirar os pés do chão!

Já sei que não gostas."Só se vê céu, 'tá visto que temos opiniões diferentes quanto a fotografias". Desde que isso esteja esclarecido à partida, dá-me a sensação que conseguimos continuar a viver tranquilamente. Eu gosto. Não é só céu que se vê. Isso é ser tão objectivo como.. nem sei, falta-me o exemplo. Vê-se mar, a entrada para a doca, a Ponte 25 de Abril ao fundo, pouco nítida, mas uma marca inegável de Lisboa, vê-se uma forma que mais de perto sabemos se transformará no Cristo Rei e antes na Torre de Algés, vê-se parte da beleza de Lisboa, que é olhar para a outra margem (de longe sim, que de perto conseguiram estragar com aqueles silos e depósitos) e vejo ainda tudo aquilo que a forografia, por representar um momento parado no tempo não mostra. Uma ida à praia, um jantar (foram dois aliás!), uma ida ao cinema que não foi, um passeio até à esplanada, uma ida até ao comboio, as gargalhadas a vermos os outros nas suas despedidas dramáticas. Eu vejo isso tudo... não "só céu azul".

E esta é para o meu paizinho, só me podia lembra dele.. Sines? Ahhh não...continua a ponte meia esbatida ao fundo que inegavelmente nos diz que é Lisboa!