Longe da Terra Queimada






O momento mais "chato" é a saída do cinema. Não haver ninguém para comentar o filme. O que se achou daquele final, que me pareceu faltar qualquer coisa. Ou talvez a ideia fosse essa, deixar ao critério de cada espectador, conforme as suas crenças e esperanças. De resto ir sozinha ao cinema não é só uma questão de hábito, como também me começa a saber bem. Call me wierd. Viver sozinha, numa cidade que não é a nossa - logo não há aquela quantidade de amigos a que estamos habituados - faz-nos repensar hábitos, manias e maneiras de estar ou mesmo ser. Continuo a não conseguir sair de casa sozinha à noite só para dar uma volta. Mas cinema, praia, almoço, jantar, compras, passeio pela cidade e até quem sabe mais longe e ainda mais qualquer coisa que me esteja a esquecer, são tudo coisas que não deixo de fazer nos dias de hoje "só porque não tenho companhia".



Quanto ao filme, o sentimento de culpa é tramado, não desaparece, aumenta. Não se esquece só por mudarmos de cidade, assombra. Não deixa ser feliz. Até que... fica na imaginação de cada um.

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