Há um prédio do outro lado da rua que tem uma varanda no último andar. O ano passado de vez em quando apareciam duas meninas. Há umas semanas estiveram uns senhores nessa mesma varanda, obras, limparam, pintaram e desapareceram. Hoje estava eu tranquilamente deitada no meu sofá - enorme!! - a ver televisão, depois de ter deambulado mais de uma hora pela cidade a procura de ruas e cantos ainda desconhecidos, e vejo aparecer um jovem na varanda, armado com uma máquina fotográfica, apontada não sei para onde, pois eu não tenho janela para o lado que ele espiava. Imagino que fosse o pôr do sol, o céu em dias com o de hoje fica com umas cores fantásticas, que sim, dá vontade de fotografar, também já o fiz. Até aqui nada de especial, a não ser a confirmação de que queria uma varanda daquelas para mim! Vai para dentro, volta com qualquer coisa bebível nas mãos, olha para o outro lado da rua (o meu) e ri-se dizendo um adeus com a mão. Ora eu que estava deitada no meu sofá, sem fazer mal a uma mosca, gelei (que anormalidade) e ri-me (que idiota!). Do mal o menos, se o vir na rua não sei quem é. Mas com a frequência que vejo as pessoas por estas bandas (só a velhota aqui do lado que gosta de controlar tudo é que está sempre à porta), não corro grandes perigos. Oh também quero uma varanda, ficava-me tão bem!!

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