S. João

Ontem houve sardinhas. Caseiras. Não criadas em casa. Sim assadas em casa. E pimentos. E batata cozida, salada e caldo verde. Broa e azeitonas. E ainda doce de ananás. Tudo como deve ser. Pediram-me só para levar divertimento e boa disposição. Coisa que me é natural, obviamente, mas só confirmando com os anfitriões para saber se chegou em bom estado o pedido. Havendo crianças os risos são certos, as conversas tranquilas. Depois foi só descer a rua, virar à esquerda e ver a confusão. Descer mais um bocado, "olá, olá, tudo bem?" mais um bocadinho ainda e eis que chegava à grande confusão. Uma rua mais e lá estava ela, como prometido, encostada à placa "congressos". "Um fino se faz favor" e é só descer a escadaria. Grande palco, grandes bailarinas, grandes martelos, pequenos martelos. O cheiro a alho. Este ano arranjei martelo proporcional. E sim, pode-se dizer - como dizem - que a festa é ideal. Bato em toda a gente e ninguém se chateia. Aliás é o divertimento da noite. E divirto. Há quem estenda a cabeça e peça por favor - vai lá alguém (eu) entender. Conversa aqui, conversa ali, martelada aqui, martelada ali, bailarico aqui, bailarico ali, as horas passam e antes que o sol me apanhe, pego nos pézinhos e casa aqui vou eu.

Ficou-me a faltar
o manjerico,
a quadra
o balão.
Quem sabe para o ano!

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