Leituras 2




Duro. Uma visão fria e crua do mundo. Uma outra visão. Tenho que discordar com a maioria do que ouvia sobre a escrita deste senhor. Confesso que não é o tipo de livro a que estou habituada a pegar. Por norma leio coisas leves. Uma vez ou outra vem um livro mais pesado. Transmitem sempre uma mensagem. Esta veio de forma diferente. Não deixa de ser um romance, uma história de amor. Num sentido mais puro. Altruísta, como o é o amor genuíno. Cego é aquele que olha apenas para si e para o seu umbigo. Será que se todos se tivessem preocupado primeiro com o vizinho do lado teriam sido poupados à "cegueira branca"? Na realidade não seremos todos cegos, de certa forma, se vivermos neste mundo de uma forma egoísta?

Não foi a falta de pontos de exclamação, reticiências, dois pontos, travessão, que dificultaram a leitura. Os pontos e as vírgulas estão lá. As descrições não deixam de impressionar em certos momentos por isso. Não deixam de nos fazer pensar no que se transformaria o mundo, na podridão que não deixa de existir apenas por que vemos, que muitas vezes olhamos para o lado, fingindo que não. É possível que muitos soframos de "cegueira branca", mas os dias passam, a harmonia tenta coexistir no meio desta confusão toda. E há sempre a esperança que amanhã seja um novo dia e melhor que o de hoje.

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