Pequenos grandes sorrisos


Eu tenho a melhor e mais engraçada avó de todas. É um facto indiscutível. E acho que isso é coisa que se partilhe com quem queira saber. Quando eu for grande quero ser assim. Depois de um Verão atípico em que não dormi no seu sofá, nem num dos quartos da outra casa. Em que não almoçámos perto da praia, nem vimos o avô a passear junto ao mar, porque lhe faz tão bem às pernas, junto-me finalmente à minha avó e enche-me de mimos e beijinhos. E mesmo que eu lhe tivesse estado este mês debaixo das saias, os mimos teriam estado lá hoje. Não é coisa que esgote. Admiro o ar jovem com que se apresenta sempre. Hoje a boa disposição era inconfundível. A alegria, nem sei bem do quê, via-se nos olhos. Talvez seja só a certeza de que alcançou tanto. Uma família grande e unida. Divertida. Os risos e ideias que partilhamos as duas. A sua preocupação extrema em que nada falte a ninguém. Como há tanto espaço para tanta preocupação? Aquele coração deve ser mesmo enorme! Hoje contou-me histórias novas. Sempre histórias novas. Tantos anos, tantos Sábados, tantos momentos sentadas naqueles sofás e sempre histórias novas. Como quando também teve direito a uma marca pessoal, como tudo foi tão mais fácil só porque... e eu lembrei-me, nada teria sido tão menos difícil, se não.... Também quero ser assim quando for grande, netas para mimar, mil histórias para contar, uma casa para encher de memórias e alegrias.

1 comentário:

A Máxima disse...

Ser avó é ter percorrido os caminhos difíceis da vida e por isso se renova.
É a única pessoa "grande" que tem sempre tempo.

Beijinhos
BM