Eu sei



Eu tenho a sorte (eu e mais sete) de ter um dos melhores exemplos que podia ter tido e bem perto. Os meus avós. Duas pessoas podem ficar juntas para sempre e felizes. Eu não sei se há segredo, uma receita milagrosa, não sei sequer se é um segredo. Sei que a minha avó sempre me disse uma ou duas coisas que eu faço por trazer comigo todos os dias. Eu sei que já os vi mais contentes, mais tristes, mais ríspidos. Mas também os vejo sempre com um sorriso, uma porta aberta, um colo para sentar. Eu vejo, ainda agora que já são bem octagenários, um brilho de paixão sempre que se olham, que trocam um abraço sentido. Brincam como se nos 20 anos permanecessem. E isso é das coisas mais bonitas que eles me podiam ter ensinado (e foram tantas que me ensinaram!). Uma ternura que tem perdurado no tempo, uma cumplicidade, um apoio inigualável, um amor bonito de ser ver e de ser vivido. Eu, quando for grande, quero ser assim.

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