And you used to laugh loud and clear




Não se consegue ajudar alguém que não quer se ajudado ou que não sabe como pedir ajuda ou que não faz ideia que pode ser ajudado. E isto é algo que me deixa.. não consigo encontrar a palavra certa, porque não é furiosa, não é triste, não é irritada, será inútil? Também não.. mas é algo no meio disso tudo, confuso e frustrante. Ter alguém de quem gostamos a tornar-se de dia para dia alguém que não é ela e não poder fazer nada é no mínimo constrangedor. Ter alguém de quem gostamos a viver de uma forma que nem de perto nem de longe é a forma que sonhou nem a faz sentir-se feliz é triste. É triste para ela, deveria ser triste para os pais, mas é também triste para mim como amiga, que acredito que ela merece tudo, merece ser feliz com alguém que a faça feliz, seja lá de que forma for isso. Não sei passar a mensagem de outra maneira, nem preciso, porque ela sabe que ali já não é o lugar dela. Mas como lhe dou a garantia que ela tem a força que precisa (porque tem) para sair dali, nunca mais olhar para trás e ser imensamente feliz? Como? Só ela pode lutar por ela. Mas ainda assim custa-me vê-la um bocadinho menos ela de cada vez que a vejo. Um bocadinho menos de luz, um bocadinho menos de um sorriso genuinamente feliz. Qual o limite dela? Até onde poderá ela ir sem dar em louca, sem largar a corda que a prende à sanidade e a poderá salvar de uma vida q.b.? Não é suposto contentarmo-nos com o que temos só porque sim ou por outro medo qualquer. É suposto lutarmos para sermos felizes, um dia de cada vez, um objectivo de cada vez. Desistir de ser feliz é quase desistir de comer e isso, mais semana menos semana, destrói-nos por dentro.

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