Há pessoas que partem mas nunca vão

É quase intrínseco ao ser humano. Dar mais valor a alguém depois de esse alguém morrer. Às vezes nem é dar mais valor, mas é lembrarmo-nos do valor dessa pessoa. Assim que vai parece haver uma iluminação instantanea. Não será certamente por mal. Não será intencional. É só que andamos tão ocupados, tão embrenhados no que nos rodeia num perímetro tão curto, que nos esquecemos. Achamos que tudo e todos estão aqui para sempre. Esquecemo-nos de ver mais além, de valorizar o que realmente é importante ou que deveria ser. Bem, isso do importante vem com cada um e de cada um. Mas este ano vi pessoas boas a partirem, pessoas que fazem cá falta. Mas ninguém vive para sempre e viver quase, ou mais, de nove décadas é obra. Ter a honra de partilhar momentos com pessoas únicas, genuinamente boas, pessoas que nos ensinam mais que muito livros é imensamente gratificatante. Ainda assim, hoje fiquei com a sensação de ser inculta, bem eu sou, só confirmei mais um bocadinho. Queria, e quero, saber mais, mais sobre este grande senhor que foi Mandela, mais sobre a sua vida, mas sobre o quanto lutou, partilhou e deu ao mundo. Parece que tudo o que sei é pouco. Hei de saber mais, hei de ler e aprender, hei de tentar absorver um bocadinho que seja de mais esta pessoa fantástica e inspiradora que marcou a história.

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