Há tanta coisa

Tanta coisa que não faz sentido. Vivemos presos a ideias e manias de que um dia isto e aquilo e se sim e se não e se fica bem ou fica mal. E para quê, pergunto eu. Um dia morremos e pronto, um dia que pode ser amanhã ou daqui a 40 anos. E para quê. Não era melhor vivermos felizes e despidos de preconceitos? Será que uma vez alapados a nós é possível descolá-los e viver uma vida mais leve e livre? Honestamente sinto que não pertenço a lado algum, hoje sou daqui, amanhã posso ser dali, ou não. Mas quero poder escolher. Hoje quero isto amanhã quero o mundo, sou curiosa e odeio sentir-me presa e claustrofóbica. E isto em nada se cuaduna com uma vida pacata e tradicional, no sentido de família. Ando-me a enganar? Não. Gosto da minha vida. Mas gosto de me sentir livre. Sou egoísta? Não acredito nisso, não prendo nada nem ninguém. Também não gosto de me sentir presa. E agora? No outro dia falavam de uma amiga que parecia viver sempre insatisfeita, sempre a querer viver mais e diferente. Simpatizo. É difícil viver assim. Entre o bom que é a estabilidade que os anos nos dão e a vontade de largar tudo outra e outra vez e percorrer o mundo. Eu sei, o ser humano é assim mesmo, mas há uns de nós que têm um conflito interior maior e como é difícil calar essa voz!

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