Água, água e mais água

Parece foi que foi ontem que lá estive. Foi há dois meses, não é muito mais tempo, mas faz toda a diferença. Ligo a televisão e fico de boca aberta. O cenário de destruição é quase total. Em 11 horas choveu mais do que num mês. Foram casas, estradas, vidas que se perderam. Aquelas casas todas que dissemos não perceber como ainda se mantinham em pé, tal era a proximidade ao precipício, já não devem existir. Não sei se foi das imagens, sei que sonhei com ondas gigantes, surfistas que se aventuravam e uma queda em particular, tal era a vaga, que fez o homem aterrar em terra seca, em cima de um poste. Não sei o que quererá dizer, sei que no meu livro de sonhos fala em mudanças positivas, saúde e paixão. Será? Talvez. Sei que o que tenho visto todos os dias no telejornal, as imagens, as fotografias, me dão um arrepio na espinha. De onde vem tanta água? Tantas e tantas famílias que perderam tudo. Pensar como a Natureza pode ser assustadoramente mortal e destruidora. Como numa noite se destrói uma ilha. Como os problemas e dilemas são todos tão relativos.

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